sexta-feira, 31 de agosto de 2007

SIMPLESMENTE CORAJOSA

PRESIDENTE, VÁ SE FODER!

por Adriana Vandoni Curvo

Não sei se é desespero ou ignorância. Pode ser pelo convívio com as más companhias, mas eu, com todo o respeito que a "Instituição" Presidente da República merece, digo ao senhor Luis Inácio que vá se foder. Quem é ele para dizer, pela segunda vez, que tem mais moral e ética "que qualquer um aqui neste país"? Tomou algumas doses a mais do que o habitual, presidente?
Esta semana eu conheci Seu Genésio, funcionário de um órgão público que tem infinitamente mais moral que o senhor, Luis Inácio.
Assim como o senhor, Seu Genésio é de origem humilde, só estudou o primeiro grau e sua esposa foi babá. Uma biografia muito parecida com a sua, com uma diferença, a integridade. Ao terminar um trabalho que lhe encomendei, perguntei a ele quanto eu o devia. Ele olhou nos meus olhos e disse:
- Olha doutora, esse é o meu trabalho. Eu ganho para fazer isso. Se eu cobrar alguma coisa da senhora eu vou estar subornando. Vou sentir como se estivesse recebendo o mensalão.
Está vendo senhor presidente, isso é integridade, moral, ética, princípios coesos. Não admito que o senhor desmereça o povo humilde e trabalhador com seu discurso ébrio.
Seu Genésio, com a mesma dificuldade da maioria do povo brasileiro, criou seus filhos. E aposto que ele acharia estranho se um dos quatro passassem a ostentar um patrimônio exorbitante, porque apesar tê-los feito estudar, ele tem consciência das dificuldades de se vencer. No entanto, Lula, seu filho recebeu mais de US$ 2.000.000,00 (dois milhões de dólares) de uma empresa de telefonia, a Telemar. E isso, apenas por ser seu filho, presidente! Apenas por isso e o senhor achou normal. Não é corrupção passiva? Isso é corrupção Luis Inácio! Não é ético nem moral! É imoral!
E o senhor acha isso normal? Presidente, sempre procurei criar os meus filhos dentro dos mesmos princípios éticos e morais com que fui criada. Sempre procurei passar para eles o sentido de cidadania e de respeito aos outros. Não posso admitir que o senhor, que deveria ser o exemplo de tudo isso por ser o representante máximo do Brasil, venha deturpar a educação que dou a eles. Como posso olhar nos olhos dos meus filhos e garantir que o trabalho compensa, que a vida íntegra é o caminho certo, cobrar o respeito às instituições, quando o Presidente da República está se embriagando da corrupção do seu governo e acha isso normal, ético e moral?
Desafio o senhor a provar que tem mais moral e ética que eu!
Quem sabe "vossa excelência" tenha perdido a noção do que seja ética e moralidade ao conviver com indivíduos inescrupulosos, como o gangster José Dirceu (seu ex-capitão), e outros companheiros de partido, não menos gangsteres, como Delúbio, Sílvio Pereira, Genoíno, entre outros.
Lula, eu acredito que o senhor não saiba nem o que seja honestidade, uma prova disso foi o episódio da carteira achada no aeroporto de Brasília. Alguém se lembra? Era início de 2004, Waldomiro Diniz estava em todas as manchetes de jornal quando Francisco Basílio Cavalcante, um faxineiro do aeroporto de Brasília, encontrou uma carteira contendo US$ 10 mil e devolveu ao dono, um turista suíço. Basílio foi recebido por esse senhor aí, que se tornou presidente da república. Na ocasião, Lula disse em rede nacional, que se alguém achasse uma carteira com dinheiro e ficasse com ela, não seria ato de desonestidade, afinal de contas, o dinheiro não tinha dono. Essa é a máxima de Lula: achado não é roubado.
O turista suíço quis recompensar o Seu Basílio lhe pagando uma dívida de energia elétrica de míseros 28 reais, mas as regras da Infraero, onde ele trabalha, não permitem que funcionários recebam presentes. E olha que a recompensa não chegava nem perto do valor da Land Rover que seu amigo ganhou de um outro "amigo".
Basílio e Genésio são a cara do povo brasileiro. A cara que Lula tentou forjar que era possuidor, mas não é. Na verdade Lula tinha essa máscara, mas ela caiu. Não podemos suportar ver essa farsa de homem tripudiar em cima na pureza do nosso povo. Lula não é a cara do brasileiro honesto, trabalhador e sofrido que representa a maioria. Um homem que para levar vantagem aceita se aliar a qualquer um e é benevolente com os que cometem crimes para benefício dele ou de seu grupo e ainda acha tudo normal! Tenha paciência! "Fernandinho Beira-Mar", guardando as devidas proporções, também acha seus crimes normais.
Desculpe-me, 'presidente', mas suas lágrimas apenas maculam a honestidade e integridade do povo brasileiro, um povo sofrido que vem sendo enganado, espoliado, achacado e roubado há anos. E é por esse povo que eu me permito dizer: Presidente, vá se foder!
Adriana Vandoni Curvo

A BAGUNÇA !!!!

Colegas, O post dessa semana é direcionado aos nossos antepassados, a nós, aos nossos filhos e aos nossos netos. Nomeado de "A Bagunça". O brasil foi parido em 1.500 e só soltou as primeiras palavras no século XVII, mesmo assim só o "Papai" e o "Mamãe". Nossos Sextavós, se é que essa palavra existe, não sofreram tanto com a corrupção por que não havia, Globo, A Gazeta, A tribuna, etc.: para avisar a eles que alguém estava roubando. "A bagunça" rolava solta. Século XVIII e XIX. A turma só escrevia de forma poética, muita palavra bonita e pouca fiscalização. Ai meu amigo: "A Bagunça" continua. Século XX. Televisão, rádio, Jornal, INTERNET!, UHU maravilha. Estamos vivendo a era da informação rápida e precisa. Todo mundo sabe de tudo em qualquer lugar do mundo, na hora que qualquer um quiser. Agora sim nada se esconde.....!!!!! ai ai. Ó ela ai: "A Bagunça". Nunca se roubou tanto, em tão pouco tempo, com tantas pessoas, com tanta privacidade, com tanta facilidade....... e com tão pouca justiça. Século XXI. A era da tecnologia. A informação está tão aperfeiçoada que o que acontece aqui no Brasil os americanos são os primeiros a saber. TV digital, grandes redes mundiais, interatividade, fibra ótica, capitalismo bombando, tudo digital, dinheiro......e "A bagunça" dessa vez não continua, ela aumentou inescrupulosamente e descaradamente!!! Como eu disse no começo esse texto é dedicado a toda a sua geração, colegas. A perfumaria da Corrupção ainda tem vida longa. Vamos tomar conta do que é nosso. Se não "A bagunça"........................!!!

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Documentários: Um retrato social.

Arte e realidade, alegria e sofrimento, belezas naturais e problemas sociais são os vários temas abordados em documentários brasileiros. Entre depoimentos e imagens de nosso cotidiano, diretores e roteiristas vêm ganhando espaço nas salas de cinema de todo o país.
Com construções mais arrojadas e com estudos mais aprofundados sobre a realidade e a história de um povo, região ou conglomerado, estes filmes transformam-se em dados históricos ricos em detalhes sobre a verdadeira situação de muitos homens e mulheres. Retratam a vida como ela é, com alguns pequenos toques, enfatizando o problema e colocando o ser humano em primeiro lugar.
Os documentários são uma fonte de aprendizado que nos deixam cara a cara com situações que não presenciamos em nosso dia-a-dia. Os brasileiros em especial tem feito isso de forma surpreendente. Mostrando uma preocupação social que não deveria ser de poucos, mas de todo o país. Fala-se muito em ajudar, mas se faz pouco. E é preciso uma injeção de realidade no povo para que ele comece a se mexer, e os nossos filmes têm feito isso muito bem.
Apesar do público ainda ser baixo, as indicações ao Oscar de “Cidade de Deus”, fez com que o cinema brasileiro e os documentários fossem reconhecidos. Mesmo assim estas categorias ainda sofrem muitos preconceitos no país. Mas que aos poucos estão sendo quebrados por maiores investimentos na área.
Diana Paula

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Post de Opinião: Situação Carcerária no Brasil

Superlotação: palavra que desencadeia diversos outros sinônimos negativos. São muitas as deficiências existentes nas cadeias de todo o país. Isso não é novidade e está longe de ser algo de fácil solução. O preso é literalmente desprezado e o pior é que a maioria da população não liga para isso, mesmo porque quem está preso mereceu, então, que agüente as conseqüências. Será que é assim mesmo?

Certa vez li que as prisões brasileiras são “depósitos de excluídos formalmente separados daqueles bons cidadãos, que por uma razão ou outra cometeram um equívoco e tiveram sua liberdade privada”. Bons cidadãos são os “especiais”: presos que têm comida, televisão, jornal, aquilo que o povão não tem acesso.

Recursos que faltam, somados a falta de planejamento relativo a essa área denotam uma realidade nada agradável para a população e muito menos para a imagem que é passada ao exterior. A falta de higiene, condições sub-humanas, são apenas algumas das péssimas condições que os cárceres têm que agüentar. As mulheres sofrem ainda mais, pois precisam de assistência médica periodicamente e a maioria dos presídios nem sequer carro possuem para tal ato simples: levá-las ao hospital.

A vida dos criminosos, no Brasil, não tem valor nenhum. Saem das prisões e têm a dignidade jogada fora, devido ao tempo perdido e isolado da sociedade. Direitos humanos? Não para um preso. E a população nem liga para isso. A não ser nos casos em que se tem um parente presente naquelas masmorras ou se o personagem é você mesmo. As classes perigosas é que fiquem onde estão e nas condições que estão. A não ser que seja você mandado para tais locais por engano.

CINE BR - O CÁRCERE E A RUA !!!

O Cárcere e a Rua. Esse é o nome da atração do Cine BR que será exibida no dia 29 de Agosto, no Cine Teatro da UVV. O documentário, sob direção de Liliana Sulzbach, conta a história de três presidiárias que vivem em situações absolutamente diferentes. Duas são extremamente respeitadas e estão prestes a ganhar a liberdade pelo tempo de retenção. São elas: Claudia e Betânia. E outra que teme seu futuro na penitenciária por ser constantemente ameaçada na cadeia. Motivo: é acusada de matar seu próprio filho. Ela é Daniela. Até então ela era protegida por Claudia, mas agora ela corre risco dentro da cadeia. Olhos atentos a esse documentário de 80 minutos que promete fortes emoções. As seções serão às 07:00 e às 19:00hs. Prepare a pipoca e viaje na criatividade do cinema brasileiro!

Delírio relevante...

Ontem, caminhando até o ponto de ônibus comecei a me perguntar o motivo pelo qual escolhi fazer jornalismo. Lembro que naquele ano de vestibilar tinha muitas dúvidas. Queria fazer jornalismo, história, desenho industrial ou geografia. Minha cabeça estava cheia de esperança, de cobranças e ilusões. Não tinha idéia do que me esperava nos próximos anos. E como se joga uma moeda pro alto, esperando que ela lhe traga sorte, escolhi fazer jornalismo. Parecia uma profissão linda, onde poderia mostrar ao mundo, aos meus conterrâneos a realidade para que eles tivessem a capacidade de escolher o melhor e mudar o que hovesse de ruim. Porém, como em toda profissão, estamos acorrentados ao poder, ao capitalismo e a corrupção não só de políticos, mas de muitos cidadãos. As pessoas, como um todo tornaram-se mais egoistas e descobriram que é possível controlar aquele que é burro, é... isso mesmo... burro! Pq não lhe foi concedido o direito de aprender, de entender e reagir. E me perguntei, pq tirar este direito de uma pessoa? tirar as oportunidades que ela iria adquirir se soubesse mais?E como um estalo, me veio a resposta. Há muito tempo atrás sabe-se que a igreja tinha o controle sobre as mentes de seus fiéis, sobre as ações dos mesmo. E o que a matinha soberana? O saber... ler, interpretar e ser a boca e olhos dos céus... Muitas pessoas ainda caem nesse conto, mas hoje, este poder de não dar uma boa escola, uma ótima infra-estrutura está na mão de poucos, que preferem assim, para ter para si o direito de roubar, surrupiar sem ser questionado. Mas não é só o dinheiro que acabam roubando, já que o povo perde a esperança, a crença e sua dignidade. Ele é forçado a acreditar que roubar, passar para trás não é tão ruim, já que é a única maneira de ir para frente quando não se sabe e não se tem muito.

Diana Paula

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

E mais uma vez à procura


E pela enésima vez consecutiva ele volta para casa. Sem esperanças, sem nada. Mentira, ele tem um jornal cuja primeira página é a dos classificados. Já não anda mais apressado, nosso personagem Túlio. Apenas anda, na esperança de voltar a ter esperança.
O desemprego abate, assusta, cria medos e causa estranhas sensações de vazio. Principalmente para alguém que há anos busca um emprego fixo que pelos menos diminua o olhar de falsa aceitação de sua mulher. Bem falso; noite passada ela tentou não olhar diretamente para ele, mas esqueceu do espelho que estava ao seu lado. Nesse momento, Túlio preferiu que a reflexibilidade não funcionasse...


- Querido, estou grávida.

- [ silêncio de 45 segundos de Túlio ]

- Vou fazer a janta.

E Túlio não desesperou. Não escolheu uma parte aleatória do corpo para maltratar. Apenas saiu, sentou na beira da calçada e esperou amanhecer o dia para comprar o jornal...



Célia Pinheiro

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Brasil

Meu Brasil!!!
Aquarela do Brasil
Letra e música: Ary BarrosoCarlos Coutinho;
José Roberto Molina(canção escrita em 1939

Brasil, meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O Brasil, samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor B
rasil,prá mim, prá mim, prá mim
Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do serrado
Bota o Rei-Congo no congado
Brasil, prá mim
Deixa cantar de novo o trovador
A merencória luz da lua
Toda a canção do meu amor
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado
Brasil, prá mim, prá mim, prá mim
Brasil, terra boa e gostosa
Da morena sestrosa
De olhar indiscreto
O Brasil, samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil, prá mim, prá mim, prá mim
Esse coqueiro que dá côco
Onde amarro a minha rede
Nas noites claras de luar
Brasil, prá mim
Ah ouve essas fontes murmurantes
Aonde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar
Ah esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro
Brasil, prá mim, prá mim,
Brasil
Brasil, prá mim, prá mim,
Brasil
Brasil, prá mim, prá mim quarela do Brasil

O MEU AMOR POR ESTE PAÍS...

Em toda a minha vida não pude negar o meu amor por este país maravilhoso. De lindas paisagens e povo amoroso.
Mesmo com todos os seus problemas, este país sempre será a minha fortaleza. Aqui, aprendi o que ser gente humilde, ter força de vontade e a vencer mesmo que a fome aperte, mesmo que os políticos roubem, e as oportunidades não apareçam.
Esse povo que pode não ter dinheiro no bolso, mas sempre tem um sorriso estampado no rosto. E o mantém até mesmo quando não tem uma casa digna, não pode estudar e é obrigado a roubar um pão para se alimentar.
Pode não ser o melhor povo para o resto do mundo, mas é o meu povo guerreiro, que apesar de toda violência que os impede de sair as ruas, é um povo criativo e cheio de esperança, que estende a mão ao outro, mesmo que só tenha uma.
Esse é o povo brasileiro!

Diana Paula.

FRASE DO DIA!




" A atitude é o combustível renovável da vida. "
Michel Oliveira

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Profissão: Jornalista





Jornalismo deve ser uma profissão muito interessante. Todos os dias o cérebro do jornalista é submetido a uma seção de exercícios calibrados e dinâmicos de criação de idéias. Aliás, criação de idéias não é um dom exclusivo do jornalista mas de todos aqueles que são suas fontes. Poucos conseguem ter uma boa idéia no momento certo, que sirva para um assunto medíocre ou para resolver um problema extremamente importante. Atrelado a isso destaco o uso da palavra. Hum! escrever é difícil demais! E digo mais, quem consegue ter boas idéias e escrevê-las é um gênio. Um gênio não porque conseguiu unir as duas coisas, mas porque consegue fazê-lo uma, duas e até três vezes ao dia. Escrever é uma arte. Já dizia o escritor Paulo Peixinho "Posso não vender nada, mas me divirto um bocado quando acho um motivo para escrever." Me proponho a delirar neste blog para parar de delirar sozinho, individualmente, solitário...Peço a você: Escreva. Escreva muito. Escreva exageradamente. Utilize o dicionário de sinônimos do World. Escrever é lindo. Ache um motivo para escrever. Divirta-se neste blog. Comente, critique, grite, fale mal, fale bem...., mas não deixe de escrever. Naveguem à vontade. Abraços!


Michel Oliveira

ESCRITOR HOMENAGEADO DA SEMANA: MACHADO DE ASSIS




Machado de Assis (Joaquim Maria M. de A.), jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de junho de 1839, e faleceu também no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1908. É o fundador da Cadeira nº. 23 da Academia Brasileira de Letras. Velho amigo e admirador de José de Alencar, que morrera cerca de vinte anos antes da fundação da ABL, era natural que Machado escolhesse o nome do autor de O Guarani para seu patrono. Ocupou por mais de dez anos a presidência da Academia, que passou a ser chamada também de Casa de Machado de Assis.
Filho do operário Francisco José Machado de Assis e de Leopoldina Machado de Assis, perdeu a mãe muito cedo, pouco mais se conhecendo de sua infância e início da adolescência. Foi criado no morro do Livramento e ajudou missa na igreja da Lampadosa. Sem meios para cursos regulares, estudou como pôde e, em 1855, com 16 anos incompletos, publicou o primeiro trabalho literário, o poema "Ela", na Marmota Fluminense, jornal de Francisco de Paula Brito, número datado de 12 de janeiro de 1855. No ano seguinte, entrou para a Imprensa Nacional, como aprendiz de tipógrafo, e lá conheceu Manuel Antônio de Almeida, que se tornou seu protetor. Em 1859, era revisor e colaborador no Correio Mercantil e, em 60, a convite de Quintino Bocaiúva, passou a pertencer à redação do Diário do Rio de Janeiro. Escrevia regularmente também para a revista O Espelho, onde estreou como crítico teatral, A Semana Ilustrada, de 16 de dezembro de 1860 até, pelo menos, 4 de julho de 1875, Jornal das Famílias, no qual publicou de preferência contos.
O primeiro volume de Machado de Assis foi impresso, em 1861, na tipografia de Paula Brito, com o título Queda que as mulheres têm para os tolos, mas o nome de Machado aparecia aí como tradutor. Em 1862, era censor teatral, cargo não remunerado, mas que lhe dava ingresso livre nos teatros. Começou também a colaborar em O Futuro, órgão dirigido por Faustino Xavier de Novais, irmão de sua futura esposa. Seu primeiro livro de poesias, Crisálidas, saiu em 1864. Em 1867, foi nomeado ajudante do diretor de publicação do Diário Oficial. Em agosto de 69, morreu Faustino Xavier de Novais e, menos de três meses depois (12 de novembro de 1869), Machado de Assis se casou com a irmã do amigo, Carolina Augusta Xavier de Novais. Foi companheira perfeita durante 35 anos, tendo-lhe revelado os clássicos portugueses e vários autores de língua inglesa. O primeiro romance de Machado, Ressurreição, saiu em 1872. Pouco depois, o escritor foi nomeado primeiro oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, iniciando assim a carreira de burocrata que lhe seria até o fim o meio principal de sobrevivência. Em 1874, começou a publicar, em O Globo de então (jornal de Quintino Bocaiúva), em folhetins, o romance A mão e a luva. Intensificou a colaboração em jornais e revistas, como O Cruzeiro, A Estação, Revista Brasileira (ainda na fase Midosi), escrevendo crônicas, contos, poesia, romances, que iam saindo em folhetins e depois eram publicados em livros. Uma de suas peças, Tu, só tu, puro amor, foi levada à cena no Imperial Teatro Dom Pedro II (junho de 1880), por ocasião das festas organizadas pelo Real Gabinete Português de Leitura para comemorar o tricentenário de Camões, e para essa celebração especialmente escrita. De 1881 a 1897, publicou na Gazeta de Notícias as suas melhores crônicas. Em 1881, o poeta Pedro Luís Pereira de Sousa assumiu o cargo de ministro interino da Agricultura, Comércio e Obras Públicas e convidou Machado de Assis para seu oficial de gabinete (ele já estivera no posto, antes, no gabinete de Manuel Buarque de Macedo). Nesse ano de 1881 saiu também o livro que daria uma nova direção à carreira literária de Machado de Assis - Memórias póstumas de Brás Cubas, que ele publicara em folhetins na Revista Brasileira de 15 de março de 1879 a 15 de dezembro de 1880. Revelou-se também extraordinário contista em Papéis avulsos (1882) e nas várias coletâneas de contos que se seguiram. Em 1889, foi promovido a diretor da Diretoria do Comércio no Ministério em que servia.
Grande amigo de José Veríssimo, continuou colaborando na Revista Brasileira também na fase dirigida pelo escritor paraense. Do grupo de intelectuais que se reunia na Redação da Revista, e principalmente de Lúcio de Mendonça, partiu a idéia da criação da Academia Brasileira de Letras, projeto que Machado de Assis apoiou desde o início. Comparecia às reuniões preparatórias e, no dia 28 de janeiro de 1879, quando se instalou a Academia, foi eleito presidente da instituição, à qual ele se devotou até o fim da vida.
A obra de Machado de Assis abrange, praticamente, todos os gêneros literários. Na poesia, inicia com o romantismo de Crisálidas (1864) e Falenas (1870), passando pelo Indianismo em Americanas (1875), e o parnasianismo em Ocidentais (1897-1880). Paralelamente, apareciam as coletâneas de Contos fluminenses (1870) e Histórias da meia-noite (1873); os romances Ressurreição (1872), A mão e a luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878), considerados como pertencentes ao seu período romântico. A partir daí, Machado de Assis entrou na grande fase das obras-primas, que fogem a qualquer denominação de escola literária e que o tornaram o escritor maior das letras brasileiras e um dos maiores autores da literatura de língua portuguesa.
A obra de Machado de Assis foi, em vida do Autor, editada pela Livraria Garnier, desde 1869; em 1936, W. M. Jackson, do Rio de Janeiro, publicou as Obras completas, em 31 volumes. Raimundo Magalhães Júnior organizou e publicou, pela Civilização Brasileira, os seguintes volumes de Machado de Assis: Contos e crônicas (1958); Contos esparsos (1966); Contos esquecidos (1966); Contos recolhidos (1966); Contos avulsos (1966); Contos sem data (1966); Crônicas de Lélio (1966); Diálogos e reflexões de um relojoeiro (1966). Em 1975, a Comissão Machado de Assis, instituída pelo Ministério da Educação e Cultura e encabeçada pelo presidente da Academia Brasileira de Letras, organizou e publicou, também pela Civilização Brasileira, as Edições críticas de obras de Machado de Assis, em 15 volumes, reunindo contos, romances e poesias desse escritor máximo da literatura brasileira.









Biografia retirada do site: http://www.machadodeassis.org.br/










Saiba mais do escritor acessando a algumas teses e monografias: http://www.machadodeassis.org.br/2005/academica008.htm

sábado, 18 de agosto de 2007

Um "Boas Vindas" da Editora Chefe do site: Flávia Berredo de Menezes



É com grande satisfação que dedico a vocês, estudiosos, fãs e professor o nosso blog repleto de carinho e atenção aos navegadores em delírios desse relevante mundo cibernético! Tenham ótimas surpresas e deliberadamente vivenciem esse universo chamado jornalismo on line!

Satisfações,

Flávia Berredo de Menezes.

PS: DIVIRTAM-SE! ;)

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Início

Delirando é que se faz poesia, é que se faz comédia, é que se faz coisa séria, é que se faz. Delirar não é sinônimo de loucura. Pelo menos aqui nesse blog os textos de Célia Pinheiro, Diana Paula, Flávia Berredo e Michel Oliveira não são loucos, apenas fora do comum. Fugindo do senso comum tentaremos mostrar verdades. O dia-a-dia está repleto de fatores que fazem a sociedade rir, chorar, gargalhar, cair em prantos, se surpreender, pasmar, calar, falar, suportar. Confira, nos próximos posts, textos sagazes de quatro futuros jornalistas, se aventurando em todas as possibilidades da língua portuguesa combinadas com situações vividas ou vistas, sem nenhum vício, muito menos de linguagem.
Bem-vindos ao Delírios Relevantes!